A HISTÓRIA NÃO CONTADA DO COLAPSO DA ENGENHARIA DE SOFTWARE

O vídeo discute uma crise atual na engenharia de software, onde a capacidade dos programadores de raciocinar e projetar soluções sólidas está em declínio. Isso ocorre em parte devido ao uso crescente de inteligências artificiais que, embora prometam aumentar a produtividade, também incentivam uma abordagem superficial ao desenvolvimento. Muitos programadores veem o raciocínio profundo como perda de tempo e não valorizam mais a responsabilidade no design de software. Além disso, as metodologias ágeis, que deveriam facilitar o desenvolvimento, foram distorcidas, transformando-se em ferramentas de microgerenciamento e pressão excessiva por entregas rápidas.

O vídeo faz um retrospecto histórico da evolução da engenharia de software, começando pela crise do software nos anos 1960, quando o desenvolvimento estava descontrolado, sem padrões ou organização. Isso levou à necessidade de formalizar métodos e práticas, culminando em avanços significativos nas décadas seguintes, como a programação estruturada e orientada a objetos. A década de 1990 viu a consolidação dessas práticas com a introdução de padrões de projeto e linguagens como Java, que popularizaram a orientação a objetos.

Nos anos 2000, a introdução do manifesto ágil tentou trazer mais flexibilidade e foco no valor ao cliente, mas acabou sendo distorcido nas empresas. A pressão por entregas rápidas e a falta de estrutura deram origem ao "underengineering", onde a engenharia é insuficiente. Com a pandemia e a explosão da demanda por software, essa abordagem superficial e rápida se intensificou. Além disso, o uso de IA para escrever código sem compreensão crítica está criando uma geração de programadores que dependem excessivamente de ferramentas automáticas e têm pouco entendimento dos fundamentos de software.

O vídeo alerta para uma próxima grande crise no software, causada pela falta de pensamento crítico e responsabilidade técnica. A solução proposta é um retorno aos fundamentos e à responsabilidade na engenharia de software, para evitar que a profissão seja destruída pela preguiça e pela superficialidade.